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Abstract

A quinta ronda do inquérito on line da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound), que decorreu de 25 de março a 2 de maio de 2022, evidencia a situação social e económica das pessoas em toda a Europa dois anos depois de a COVID-19 ter sido detetada pela primeira vez no continente europeu. Também explora a realidade de viver numa nova era de incerteza causada pela guerra na Ucrânia, pela inflação e pelo aumento dos preços da energia.

As conclusões do inquérito on line revelam o pesado impacto da pandemia, tendo os inquiridos comunicado uma menor confiança nas instituições do que no início da pandemia, um bem-estar mental mais precário, um aumento do nível de necessidades de cuidados de saúde não satisfeitas e um aumento do número de agregados familiares em situação de pobreza energética.

Key findings

A confiança em todas as instituições continuou a diminuir durante a pandemia em todos os Estados-Membros, tendo-se registado que mesmo os inquiridos que anteriormente manifestaram níveis de confiança mais elevados, como as pessoas em posições financeiramente seguras, se tornaram menos confiantes. Os inquiridos não vacinados também referem uma confiança muito menor nas instituições do que os que estão vacinados e a diferença aumentou desde 2021, com um índice de confiança de 2,3 em 10 para os inquiridos não vacinados por oposição a um valor de 5 para os vacinados.

As redes sociais surgem como um dos principais fatores da diminuição da confiança, com um índice médio de confiança de 3 em 10 para os inquiridos que utilizam as redes sociais como fonte de notícias preferida, um valor muito inferior aos 4,2 correspondentes aos que preferem os meios de comunicação social tradicionais. Será fundamental que os decisores políticos combatam a propagação da desinformação a fim de evitar que a estabilidade da União Europeia seja comprometida período que se avizinha.

As necessidades de cuidados de saúde não satisfeitas aumentaram em toda a UE, afetando quase um em cada cinco inquiridos (18 %). O atraso na prestação de cuidados é maior nos cuidados hospitalares e especializados, com cuidados de saúde mental não satisfeitos especialmente para as mulheres (24 %), tendo aumentado desde a primavera de 2021, o que suscita especial preocupação.

O bem-estar mental na UE continua abaixo do nível registado no início da pandemia, apesar da eliminação progressiva das restrições. Os jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 29 anos continuam a apresentar os níveis mais baixos de bem-estar mental e, embora nos grupos etários mais velhos a situação tenha melhorado, as pessoas com mais de 60 anos assinalam uma deterioração acentuada da saúde mental. Este facto prende-se provavelmente com a guerra na Ucrânia, relativamente à qual 76 % dos inquiridos manifestaram uma preocupação elevada ou muito elevada.

Um grande número de agregados familiares financeiramente vulneráveis encontrava-se em grave risco de pobreza energética na primavera de 2022. No total, 28 % dos inquiridos declararam viver num agregado familiar que está atrasado no pagamento das faturas de serviços públicos e tem dificuldades em fazer face às despesas, enquanto 45 % das pessoas deste grupo tem receio de não poder pagar as faturas de serviços públicos nos próximos três meses.

The factsheet contains the following list of tables and figures.

Number of pages
17
Reference nº
EF22042EN
ISBN
978-92-897-2268-1
Catalogue nº
TJ-08-22-185-EN-N
DOI
10.2806/190361
Permalink

Listen to our Eurofound Talks podcast on 'Living in a new era of uncertainty'

The worst of the Covid pandemic may have passed, but in households across Europe its effects linger longer. Add today’s cost of living crisis, rising inflation and the war in Ukraine to the detrimental impacts of Covid and a distressing picture emerges: of mental health issues - especially among young people - of job loss and job insecurity, and of persistent uncertainty about the future. In this episode of #EurofoundTalks, we speak with Daphne Ahrendt, expert on Eurofound’s unique Living, Working and COVID-19 e-survey, on these very issues. As Daphne explains, the latest phase of the survey reveals many insights that could help policy-makers respond to the extraordinary circumstances of day-to-day living and working in Europe.

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